CROMOTERAPIA
Existem registros de que nossos antepassados, utilizavam dos benefícios da cromoterapia mesmo sem conhecer a fundo seu mecanismo de ação, no Egito antigo, China, Índia e Grécia, estudiosos realizavam exposição solar como uma forma de tratamento efetiva para diversos problemas relacionados a saúde da população (BENTO, 2018).
Atualmente, luz é tratada pela física como uma onda ou partícula eletromagnética que, ao passar pelos nossos olhos é convertida em estímulos elétricos neurológicos e direcionadas a parte occipital do cérebro, a região da visão, dessa forma, essas serão interpretadas quanto ao seu comprimento e frequência, o que caracteriza e diferencia umas das outras (BENTO, 2018). Esse mecanismo de identificação, pode gerar a ativação de diferentes sensações dentro do organismo, dependendo da tonalidade encontrada, fazendo com que, essas possam ser utilizadas como tratamento medicinal e terapêutica (FIGUEIRO et al., 2018), podendo produzir seus efeitos quando visualizadas ou absorvidas de forma cutânea, nessa, a luz incidida tem suas vibrações eletromagnéticas captadas pelos órgãos locais, permitindo a nutrição e rearranjo molecular de seu campo energético, garantindo uma melhor funcionalidade dos mesmos (FIGUEIRO et al., 2018).
Segundo Bento (2018), a cromoterapia não tem relação com a cura da patologia, porém é utilizada como uma ferramenta para promover o equilíbrio interno do paciente, levando a uma consequente melhora de seu quadro. Para isso, são utilizadas as 7 cores primárias (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta) (FIGUEIRO et al., 2018), dessa forma, existe uma relação entre a posição dos órgãos com os chakras, que são responsáveis por determinar as regiões em que cada uma das cores terá sua ação de forma efetiva no organismo. Entretanto, em casos específicos podem ser usadas diretamente cores relacionadas ao problema, como o laranja que é utilizado em casos de nodulações onde atua como agente dissolvidor, já o verde restabelecendo o equilíbrio funcional do corpo, local ou órgão, o azul em pontos de dor tendo função anestésica (FIGUEIRO et al., 2018),e anti-inflamatória, da mesma forma que o violeta, o vermelho pode ser utilizado como estimulante para a circulação sanguínea e o amarelo é usado para desintoxicação (BENTO, 2018).
De forma terapêutica, a cromoterapia pode ser realizada com a exposição a uma fonte de luz com a cor relacionada com a queixa e o quadro do paciente (BENTO, 2018), podendo ou não haverá necessidade de mentalização da cor, como nos casos do tratamento de quadros respiratórios (FIGUEIRO et al., 2018). O chamado “banho de luz” pode ser aplicado de forma total, inserindo o paciente em um ambiente preparado com a cor, ou localizado, variando também o tempo de aplicação de acordo com a técnica utilizada e a distância da fonte de energia (BENTO, 2018). Estudos vem sendo realizados a fim de reforçar sua eficácia no tratamento com gestantes, recém nascidos, no combate ao câncer e na melhoria de desempenho de atletas, além de inúmeras outras possibilidades que ainda podem ser exploradas (BENTO, 2018).
HOMEOPATIA
A palavra Homeopatia tem origem grega, sendo “Homeo” advindo de ‘’homonion’’, que pode ser traduzida em simular e “Pathos” relacionado à patologia (SILVA, 2023).
A homeopatia chegou ao Brasil em 1840, trazida pelo médico Benoit Jules Mure, considerado discípulo de Hahnemann, o preceptor da técnica no mundo. Em 1936, foi fundada a Associação Paulista de Homeopatia (APH). (SILVA, 2023). Já em 1980 a homeopatia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM n° 1.000), mesmo ano em que foi fundada a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB). Desde então, ganhou reconhecimento da área cientifica e força por parte popular (SILVA, 2023).
A Homeopatia trata o indivíduo perante quatro princípios: o princípio da similitude, o da experimentação patogenética, da diluição e o princípio do medicamento único e específico para cada paciente (PAZ; CUNHA; 2021). Tal técnica consiste em administrar em um indivíduo doente, uma substancia diluída que seria capaz de causar em um indivíduo sadio, sinais e sintomas semelhantes à doença que se pretende combater (SILVA, 2023).
É uma forma de tratamento que pode ser utilizada em qualquer pessoa, desde recém-nascidos a idosos e assim como em qualquer doença, seja ela crônica ou aguda, podendo ou não estar associada a outras formas de tratamentos complementares (PAZ; CUNHA; 2021). Ela pode auxiliar o indivíduo com transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão e transtornos alimentares, podendo também atuar em doenças de origem metabólica como coadjuvante na perda de peso, além de reduzir a longo prazo sintomas respiratórios como renites e alergias (SILVA et al., 2021).
Os medicamentos homeopáticos são compostos de origem vegetal, mineral e animal, considerados “naturais”. Estes, vão agir estimulando o processo natural de cura do organismo, sendo considerado seguro quando supervisionado pelo profissional de saúde (SILVA, 2020). Tal técnica foi empregada ao Sistema Único de Saúde, por ser considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma alternativa eficaz e segura para o tratamento de doenças crônicas, já que como pertencente as Práticas Integrativas e Complementares (PICS), trabalha na promoção da homeostase no indivíduo, além de obterem custos menores ou equivalentes quando comparados aos medicamentos da de uso na medicina convencional (SILVA et al., 2021).
Estudos apontam que grande parte dos pacientes que procuram o tratamento homeopático, vieram de: outros tratamentos sem resultados, esperam ter menos efeitos adversos das medicações ou estão em busca do cuidado e atenção individualizado fornecido pelos profissionais homeopatas (SILVA et al., 2021). Isso é possível visto que, na medicina homeopática o homem é visto como o próprio responsável e sujeito pela sua condição de saúde, dessa forma, o mesmo precisa do profissional como um mediador do seu autoconhecimento, assim as consultas são definidas de acordo com o seu progresso, paciente em relação ao próprio corpo. Dessa forma, cada indivíduo possui organismos e fatores diferentes que os tornam únicos, o que permite mesmo que duas pessoas possuam a mesma patologia, ambos recebam medicamentos diferentes (SILVA et al., 2021).
NATUROPATIA
O Dr. Lust, considerado pai da Naturopatia na América e disseminador da teoria no mundo, definiu-a como sendo “A Ciência, a Arte e a Filosofia do recurso aos meios naturais”. O objetivo desta, consiste em reequilibrar as funções orgânicas e outros déficits funcionais ou energéticos existentes no organismo, proporcionando à ele as condições necessárias para que essa manutenção ocorra, promovendo um reequilíbrio, autocura e a prevenção da doença. Para que isso aconteça, os princípios são escolhidos sobre os recursos e métodos ambientais, de acordo com a individualidade de cada paciente, respeitando as Leis Naturais, que regulam as funções do corpo humano (BRANCO, 2003).
A naturopatia tem sua origem fundamentada no conceito do vitalismo, que consiste na crença de um princípio vital presente em cada indivíduo, que influencia seu equilíbrio orgânico, emocional e mental, o que o torna individual (BRASIL, 2017). A técnica, utiliza diversos recursos terapêuticos como: plantas medicinais, águas minerais e termais, aromaterapia, massagens, recursos expressivos, terapias corpo-mente e mudanças de hábitos, como ferramentas para manutenção do organismo, contribuindo de forma natural para a auto regulação do indivíduo (BRASIL, 2017).
Cada indivíduo recebe um tratamento individualizado, planejado para suas especificidades, seguindo, segundo o Ministério da Saúde (2017), seis princípios fundamentais: não fazer mal, reduzindo o risco de efeitos adversos; identificar e tratar diretamente as causas da patologia; ensinar os princípios de educação e promoção à saúde, dando autonomia ao indivíduo; tratar o indivíduo de forma individualizada; prevenir agravos; identificar e dar suporte ao poder de cura do próprio organismo.
Referências
BENTO, M. V. S. Cromoterapia no processo saúde, doença e cuidado: um estudo à luz da revisão integrativa. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Santa Cruz, 2018. Disponível em: https://antigo.monografias.ufrn.br/handle/123456789/8312.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 849, de 27 de março de 2017. Brasília, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0849_28_03_2017.html
BRANCO, M. D. Regulamentação das Terapêuticas Não- Convencionais, com base no Dec. - Lei Nº 45/2003 de 22 de Agosto, Aprovada, por unanimidade, pela Assembleia da República, em 15/07/03. Disponível em: https://portalidea.com.br/cursos/ebdf2219e02641460c5a708e963d6cea.pdf.
FIGUEIRO, R. PAIVA, C. MORATO, M. PRÁTICAS INTEGRATIVAS NO SUS: Cromoterapia. ARCA. Fundação Oswaldo Cruz. Canal Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2018. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30496.
PAZ, F. A. N.; CUNHA, LK. Tratamento homeopático oferecido pelo Sistema Único de Saúde. Investigação, Sociedade e Desenvolvimento. v. 10, n. 14, pág. e317101421963, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i14.21963. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21963. Acesso em: 27 abr. 2023.
SILVA, A. O. G. et al. TRATAMENTO HOMEOPÁTICO E SUA IMPLANTAÇÃO NO SUS. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação-REASE. São Paulo, v.7.n.9. set. 2021.
SILVA, C. Atenção Farmacêutica E Os Cuidados Na Administração De Medicamentos Homeopáticos. Trabalho De Conclusão De Curso (Artigo) Apresentado Ao Curso De Graduação Em Farmácia Da Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte. 2020. Disponível Em: Https://Monografias.Ufrn.Br/Jspui/Bitstream/123456789/11187/1/Aten%C3%A7%C3%A3ofarmac%C3%Aauticaeoscuidados_Silva_2020Acessado Em: 15/03/2021.
SILVA, M. F. DISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO. Revista de Homeopatia – APH. v. 84 n. 1. 2023.
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