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ACOEXA - Depoimentos sobre racismo


No mês de Agosto, o projeto ACOEXA - Adquirindo Conhecimentos com a Extensão Acadêmica - do Pet Enfermagem da UNIFAL-MG trará depoimentos reais de situações de bullying e intolerância vivenciadas por pessoas diferentes. Escolhemos manter o anonimato para preservar a identidade daqueles que contribuíram com o nosso projeto.


Temos o foco de mostrar que alguns absurdos ainda ocorrem e conscientizar a todos através dos depoimentos aqui prestados. Que o amanhã possa ser livre de toda e qualquer intolerância!


Depoimentos completos:

ALERTA DE GATILHO


Autor de sexo masculino, idade entre 20 e 30 anos.

“Quando eu era criança não entendia as risadinhas quando olhavam para mim. Apontavam algo em mim, e sem dizer uma palavra riam como se eu tivesse dito algo engraçado. Porém, eu permanecia sem entender a razão disso. Com o tempo e a maturidade fui entendendo que riam da minha aparência, da minha forma de agir, até mesmo da minha personalidade. Riam simplesmente por eu ser quem sou. Meu cabelo que não se mexia no vento era um assunto de piada que ouvi ainda mais velho (“cabelo de Bombril" ou “vai cortar esse cabelo”). Às vezes não entendemos tanta coisa, tanto preconceito; me pergunto se não entender esses momentos tristes e de preconceito são bons ou ruins. É triste pensar que as pessoas não aceitam as demais simplesmente pela diferença no “SER” e “AGIR”. “


Autor de sexo masculino, idade entre 45 e 55 anos.

Uma vez estava passando por prédio, quando de repente passou um caco de vidro perto da minha cabeça, vindo de cima. Olhei pra cima pra ver de onde tinha caído, e vi uma mulher na sacada olhando pra baixo. Quando ela viu que eu estava olhando pra cima ela disse: O que você está olhando, seu negro nojento!!! Ouvindo essas palavras fiquei muito triste e inconformado com as palavras dela.


Autor de sexo feminino, idade entre 20 e 30 anos.

“Eu nunca tinha usado turbante e via na internet as meninas usando e achava lindo. Uma vez eu decidi ir de turbante pra faculdade e no portão sempre ficava um grupinho de meninos conversando, quando eles me viram chegar de turbante começaram a rir e apontar o dedo pra mim, foi uma sensação muito ruim.”


Autor de sexo feminino, idade entre 20 e 30 anos.

“Eu e minha mãe estávamos no centro pagando umas contas e um homem passou por nós e gritou bem alto apontando o dedo falando "nossa, nem se eu fosse piolho ficaria nesse cabelo ruim de vocês".”


Selecionamos um intitulado "Ninguém nasce racista. Continue Criança." para lembrar e nos ensinar do quanto o preconceito dói, e que temos a capacidade de fazer a diferença.


Material elaborado por Brenda Domingues, Jonas Dias e Savana Oliveira.

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