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Estresse no desenvolvimento e descompensação das condições crônicas.


Olá, seja bem-vindo(a)!!

Meu nome é Maria Augusta Brandt Paiva, tenho 20 anos e atualmente estou realizando um projeto de Iniciação Científica a respeito do papel do estresse no desenvolvimento e descompensação das condições crônicas.

Juntamente com minha orientadora Profa. Dra.Silvana Maria Coelho Leite Fava, professora associada da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), pretendo avaliar o nível de estresse auto referido por pacientes assistidos pelo Programa “Condições Crônicas: Cuidados inovadores” e analisar o peso deste agente enquanto fator de risco.

Por que essa temática?

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são as principais causas de morbimortalidade e incapacidade no século 21. Sendo responsáveis por 38 milhões mortes por ano, as principais condições crônicas - doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias e diabetes- correspondem a mais de 70% dos óbitos mundiais (VIGITEL, 2018; MALTA,2017).

As condições crônicas são de natureza multicausal e o estresse é considerado um importante fator de risco modificável, assim como parte do processo patológico (MALAGRIS, 2019).

A cronicidade é permeada por uma vida com restrições, decorrente da doença, do tratamento contínuo e das mudanças de comportamento. Essas mudanças afetam sobremaneira, a pluridimensionalidade da pessoa, ou seja, comprometem as dimensões física, psicológica, social, econômica e cultural, o que prejudica a capacidade de realizar as atividades de vida diária, a qualidade de vida e contribui para elevar os níveis de estresse. Assim, torna-se importante conhecer a influência do estresse na convivência da pessoa com a condição crônica (DACALL, 2018).

A produção científica nacional a respeito da relevância do fator psicológico no desenvolvimento e descompensação de condições crônicas, sobretudo na perspectiva da pessoa, se apresenta como um debate a ser construído. A escassez de estudos nessa temática, indica a necessidade de avanço nas investigações que contribuem para entender o estresse como causalidade e fator desencadeador de sua agudização.

Diante do exposto, reconhece-se a importância do desenvolvimento do presente estudo, com vistas a contribuir para o estabelecimento de ações em saúde e programas de educação mais coerentes e eficazes, assim como, ajudar as pessoas com condição crônica ao melhor manejo da doença, engajamento ao tratamento e melhoria da qualidade de vida.

Como a pesquisa será feita?

O estudo será realizado mediante aplicação da escala de estresse percebido Cohen e Williamson de 1988 em visitas domiciliares às pessoas com condições crônicas acompanhados pelo Programa “Condições Crônicas: Cuidados Inovadores” da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).

Referências

VIGITEL, Brasil. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2018. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

MALTA, Deborah Carvalho et al. Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil. Belo Horizonte: Rev Saúde Pública. 2017.

MALAGRIS, Lucia Emmanoel Novaes. Stress, resiliência e apoio social em indivíduos com hipertensão e diabetes mellitus. Rio de Janeiro: REVISTA DE PSICOLOGÍA, 2019.

DACALL, Maria; SILVA, Irani. Impactos das práticas integrativas e complementares na saúde de pacientes crônicos. Rio de Janeiro: Saúde Debate, 2018.

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