O fenômeno Fake News pode ser definido como artigos noticiosos que são intencionalmente falsos e aptos a serem verificados como tal, e que podem enganar os leitores. A disseminação das fake news tem sido maior principalmente com o aumento de acesso às redes sociais online nos últimos anos, uma vez que, nas plataformas digitais, a forma como os links são partilhados dificulta a identificação da natureza dos conteúdos em circulação. Há ainda uma distância entre a partilha dos links e a sua leitura em si, pois maioria das manchetes partilhadas em redes sociais não chegam a ser clicadas de fato e mesmo quando os links são clicados, poucos leitores vão passar dos primeiros parágrafos, o que facilita ainda mais a propagação de uma notícia falsa (DELMAZO; VALENTE, 2018).
Com relação ao cenário atual, a pandemia do novo coronavírus e as medidas de isolamento social estão sendo acompanhadas pela ampla profusão de conteúdos sobre o tema, e com isso as fakes news também são potencializadas. Notícias prometendo remédios ou saídas milagrosas têm circulado no ambiente online, em redes como Whatsapp, Facebook, Instagram e Youtube (VALENTE, 2020). Para combater a disseminação de fake news sobre a saúde, o Ministério da Saúde, de forma inovadora, criou o canal “SAÚDE SEM FAKE NEWS”, no qual, a partir de mensagens instantâneas que população enviar, via WhatsApp, serão esclarecidas se tratam-se de verdades ou não. Portanto, por meio do número (61) 99289-4640, qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, ou seja: se é verdadeira ou falsa (BRASIL, 2020).
As notícias falsas espalham desinformação e dificultam a divulgação de informações e orientações pelas autoridades à população. Diante da preocupação com a pandemia, o cuidado com a verificação para o repasse muitas vezes pode diminuir, aumentando a circulação desses conteúdos enganosos. Entre as orientações estão: duvidar de fontes desconhecidas, buscar orientações nos sites oficiais das autoridades da área, tais como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana da Saúde, braço regional da OMS, o Ministério da Saúde e as secretarias municipais e estaduais e evitar repassar informações sem certeza, mesmo que venham de amigos ou familiares (VALENTE, 2020). Portanto, checar as informações recebidas é de suma importância para evitar e combater a propagação de fake news, principalmente sobre o coronavírus.
Produzido por: Gabriela Aparecida Leonel, acadêmica do 5° período de Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas-MG, PETiana desde 2019.
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Fake News. 2020. Disponível em: <https://www.saude.gov.br/fakenews>. Acesso em 12 maio 2020.
DELMAZO, C.; VALENTE, J.C.L. Fake news nas redes sociais online: propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Media & Jornalismo, Lisboa, v. 18, n. 32, p. 155-169, abr. 2018. Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S218354622018000100012&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 12 maio 2020.
VALENTE, J. Diante da pandemia, população deve estar alerta sobre notícias falsas. Agência Brasil, Brasília, 30 mar. 2020. Disponível em <https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/diante-de-pandemia-populacao-deve-estar-alerta-sobre-noticias-falsas?amp>. Acesso em 12 maio 2020.
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