Influenza e COVID-19 são a mesma coisa? Não, mas então qual é a diferença? A gripe ocorre devido ao contágio pelo vírus da influenza, que pode ser do tipo A, o H1N1 ou do tipo B, o Yamagata. Já o COVID-19 é um dos membros da família do coronavírus. Apesar de os sintomas iniciais dessas duas doenças serem muito parecidos – febre, tosse e coriza - , a mortalidade relacionada ao coronavírus é, em muito, superior a causada pela gripe comum, possuindo uma taxa de letalidade em torno de 3 - 4% enquanto a influenza se limita a 1%. A forma de transmissão dos vírus também é similar se disseminando por gotículas de saliva de pessoas infectadas que podem se espalhar pelo ar quando elas tossem ou espirram. Assim, quando pessoas saudáveis entram em contato com essas secreções, por exemplo, tocando em locais contaminados, e depois passar a mão nos olhos, nariz ou boca elas podem contrair ambos os vírus. No entanto, o covid 19 tem maior transmissibilidade, estudos mostram que uma pessoa infectada pode transmitir até para outras seis enquanto uma pessoa infectada pela influenza transmite para uma média de 1,2 pessoas.
A vacina da gripe me protege contra o coronavírus?
Não, a vacina da gripe não imuniza contra o covid 19. No entanto, é muito importante que a população, principalmente os grupos de risco, façam uso da vacina da influenza uma vez que ela impede que as pessoas desenvolvam a gripe o que facilita o diagnóstico de coronavírus por exclusão. Porque os sintomas iniciais das duas patologias são muito parecidos, a vacinação contra a gripe restringe os casos de suspeita de coronavirus, uma vez que os indivíduos vacinados não desenvolverão a gripe e, consequentemente, não apresentarão os sintomas. Além disso, a vacinação contra o H1N1 contribui para a redução da procura pelos serviços de saúde evitando que este se sobrecarregue.
Como não correr perigo para ir se vacinar? O início do período de vacinação tende a provocar muitos comportamentos que são tidos como de risco para contágio. A aglomeração de pessoas por muito tempo nas filas faz com que elas fiquem mais susceptíveis a contrair o vírus caso alguém presente esteja infectado. Tendo isso em mente, é essencial que haja rotatividade, estabelecendo horários para que subgrupos sejam vacinados, evitando grandes amontoados de pessoas. Além disso, é essencial que se mantenham as medidas de precaução como distância mínima de 1,5 metro entre as pessoas na fila, higienizar as mão e evitar tocar boca, nariz ou olhos. É importante ressaltar que algumas cidades estão adotando regime especial de vacinação a domicilio visando reduzir o risco de propagação do coronavírus nas filas de espera. Consulte a secretaria de saúde do seu município para maiores informações a respeito do sistema adotado. Referências: (SANTOS, Maria. Coronavírus e gripe: quais as diferenças e semelhanças?. Saúde, 2020. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-gripe-diferencas-semelhancas/ ) (AQUINO, Vanessa. Começa segunda-feira vacinação contra gripe. Ministério da saúde, 2020. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46567-comeca-segunda-feira-vacinacao-contra-gripe ) (RUPRECHT, Theo. Campanha contra a gripe 2020: quando cada grupo pode tomar a vacina. Saúde, 2020. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/campanha-contra-gripe-2020-quando-cada-grupo-pode-tomar-a-vacina/ ) ( SANTOS, Maria. Como diferenciar o novo coronavírus da gripe?. Saúde, 2020. Disponívem em: https://saude.abril.com.br/medicina/como-diferenciar-coronavirus-gripe/ )
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