YOGA
Consiste em uma filosofia milenar, que tem sido amplamente difundida e cada vez mais adotada pela sociedade. É conhecido por seus objetivos de integrar corpo, mente e espírito através de determinadas posturas corporais (asanas), da respiração (prānāyāmas), da meditação, e de um conjunto de práticas psicofísicas. Dessa forma, é responsável por influenciar positivamente no desenvolvimento de competências dos praticantes, além de promover saúde e bem-estar (GRECO et al., 2019).
É uma das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do SUS, instituída pela Portaria nº 971 de 03 de maio de 2006. Além disso, foi inserido pela Portaria 719, de 07 de abril de 2011, que institui o Programa Academia da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e é recomendado pelos sistemas nacionais de saúde em todos os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) (BARROS, 2014).
Esta prática age sobre a ordenação de vários aspectos relacionados à saúde e bem estar. No nível físico, promove descanso, disposição e rendimento; no nível emocional, desperta sensações de estabilidade e confiança; no nível mental, promove melhora nos quadros de confusão e desenvolvimento do foco (BASSOLI, 2007). Para tanto, segundo um estudo de 2020 sobre a temática, conhecimentos e práticas indianas são inseridos no cotidiano dos praticantes de Yoga, por meio de oito conceitos (BERNARDI et al., 2020), a saber:
Yamas: são os cinco valores morais e proibitivos a serem praticados: não violência, compromisso com a verdade, honestidade, continência nos prazeres sensuais e desapego.
Nyamas: referem-se às cinco práticas disciplinares e construtivas: purificação, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo, consagração a Deus.
Juntos, yamas e nyamas constituem um código de conduta ética.
Asana: corresponde à postura física estável e confortável, capaz de trabalhar o relaxamento.
Pranayama: é o controle da respiração;
Pratyahara: é a emancipação da atividade sensorial;
Dharana: é a concentração
Dhyana: é a meditação, capaz de aprofundar o desenvolvimento da concentração e da percepção interna e
Samadhi: (integração), que propõe uma busca profunda através da própria consciência.
Nesse sentido, o emprego do Yoga tem inúmeros benefícios nos mais variados contextos de saúde, uma vez que promove relaxamento, diminuição de transtornos ansiosos e do estresse, promoção de bem estar e melhora na qualidade de vida no geral (DARIVA; MENDES, 2019).
A adoção dessa prática no contexto de saúde brasileiro traz contribuições na implementação de um cuidado integral e torna possível um entendimento mais amplo do conceito de saúde pelos praticantes, inseridos como protagonistas no processo saúde-doença através do autocuidado e do cuidado com o próximo (BERNARDI et al., 2020).
IMPOSIÇÃO DE MÃOS
Segundo o Ministério da Saúde (MS) a imposição de mãos é definida como uma prática terapêutica secular, que emprega esforço meditativo para transferência de energia vital entre indivíduos, por meio das mãos. Com isso, o esperado é reestabelecer o equilíbrio do campo, de forma a influenciar positivamente no processo saúde-doença (BRASIL, 2018).
Por meio da imposição de mãos, acredita-se que seja possível reduzir níveis de dor, depressão e ansiedade (RIERA, et al., 2019). Além disso, as técnicas de imposição de mãos são Práticas Integrativas e Complementares (PIC) que visam o reequilíbrio e harmonização do sistema energético do ser humano. No campo da ciência, as técnicas de imposição de mãos mais estudadas atualmente são o Reiki, Toque terapêutico (TT) e Toque de cura (OLIVEIRA, 2003).
DANÇA CIRCULAR
A Dança Circular é uma atividade de origem baseada em tradições de diferentes países e culturas, na qual os praticantes dançam juntos, dispostos em círculo. Na realização desta prática, os integrantes cantam, seguem o ritmo e se movimentam em conjunto para promover a harmonia e melhorar a saúde física, mental, social além de promover bem-estar geral (SANTOS et al., 2021).
Essa prática, antes conhecida como ‘Dança Circular Sagrada’ foi criada pelo coreógrafo Polonês Bernhard Wosien em 1976, surgindo do seu interesse por danças tradicionais e pela sua observação acerca da simplicidade do ritmo e da execução, características que ajudam para que a dança seja realizada em grupo (BARTON, 2012).
Atualmente, a Dança Circular é adaptada para ser empregada em várias situações conforme necessidade. É recomendada, inclusive, a mulheres durante o pré-natal e trabalho de parto, com adaptações que incluem movimentos pélvicos responsáveis por auxiliar na mecânica do trabalho de parto e na sua evolução (BOAVIAGEM et al., 2019).
Já quando empregada no contexto da atenção à saúde do idoso, por exemplo, a prática da dança circular se mostra uma importante estratégia de promoção da saúde, inovando o modelo de atenção à saúde e promovendo aos participantes a possibilidade de ampliarem a consciência corporal, o que contribui para uma vida saudável e favorece a aprendizagem. Além disso, a dança circular permite a interconexão harmoniosa entre os membros (SILVA et al, 2022)
REFERÊNCIAS
BARROS, N. F. et al. Yoga e promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 4, p. 1305–1314, abr. 2014.
Barton, A. Danças circulares:Dançando o Caminho Sagrado.Vol. 1, 2. ed.). São Paulo: Triom.2012.
BASSOLI, Rosângela Maria. Yoga para a vida: uma autobiografia. Campinas: Átomo, 2019.
BERNARDI, Marina Lima Daleprane et al. Yoga: um diálogo com a Saúde Coletiva. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 25, p. e200511, 2020.
Boaviagem, A. et al. Comportamento biomecânico da pelve nas diferentes posturas adotadas durante o segundo período do trabalho de parto. Revista Eletrônica da Estácio Recife, v. 5 n. 1. 2019.
BRASIL, Ministério da saúde. Portaria n° 702, de 21 de março de 2018. Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares - PNPIC. 2018.
DARIVA, L. F. S.; MENDES, D. L. Bem-estar, qualidade de vida e regulação emocional: A prática do yoga como terapia complementar. Revista Perspectiva: Ciência e Saúde, v. 4, n. 2, 2019.
GRECO, R. M., et. al. Yoga na Promoção Da Saúde Do Trabalhador: Relato Da Experiência. Interfaces-Revista de Extensão da UFMG, v. 7, n. 1, 2019.
OLIVEIRA, R. M. J. Avaliação de efeitos da prática de imposição de mãos sobre os sistemas hematológicos e imunológico de comundongos machos. 96 f. Dissertação (Mestrado em Ciências)-Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
RIERA, Rachel et al. O que as revisões sistemáticas Cochrane dizem sobre o uso das 10 novas práticas de medicina integrativa incorporadas ao Sistema Único de Saúde. Diagn tratamento, v. 24, p. 25-36, 2019.
SANTOS, E. S. et al. Dança circular em maternidade: Vivência extensionista. Revista Brasileira de Extensão Universitária, v. 12, n. 1, p. 23-32, 31 jan. 2021.
SILVA, K. M. et al. Dança circular: prática integrativa e complementar no quotidiano da promoção da saúde da pessoa idosa. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 75, 2022.
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